Crime
Polícia Federal desarticula organização criminosa
Policiais cumpriram ordens judiciais em Pelotas, Rio Grande, e em cidades de Santa Catarina. Foram presas 16 pessoas
Foto: divulgação - DP - A investigação constatou que havia dois grupos, um de logística e outro de produção
Por Anete Poll
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A Delegacia da Polícia Federal no Chuí deflagrou, nesta terça-feira (13), a Operação Neutrum, de combate à organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas, especializada em drogas sintéticas e lavagem de dinheiro. Mais de cem policiais federais foram mobilizados para o cumprimento de 22 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 33 de busca e apreensão nas cidades de Rio Grande e Pelotas, no Rio Grande do Sul, e Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Imbituba, em Santa Catarina.
As ordens judiciais resultaram em 16 presos. Um deles de forma preventiva, em Rio Grande. Também foi cumprida uma ordem em Pelotas. O acusado, porém, não foi localizado. Ainda foram executadas ordens judiciais para sequestro de 12 imóveis e 30 veículos - muitos deles de luxo - e o bloqueio de 30 contas bancárias no valor de até R$ 10 milhões e busca e apreensão ainda em 33 endereços.
A investigação iniciou em junho de 2021, a partir da apreensão de 15 quilos de cocaína em Rio Grande. Conforme as investigações avançaram, os policiais constataram que havia duas organizações criminosas, uma especializada no transporte terrestre e outra na produção do entorpecente. As duas formaram um consórcio criminoso que possibilitava a produção e distribuição da droga produzida.
O grupo atua no tráfico internacional, na produção de drogas sintéticas e na estrutura logística que possibilita o carregamento de entorpecentes como cocaína, crack, maconha, ecstasy e MD de Santa Catarina para outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, além do Rio Grande do Sul, e também para o Uruguai. Durante as investigações, foram apreendidos mais de cem quilos de drogas sintéticas como MDMA e MDA. Entre eles, uma carga de 52 quilos de MDA na região da Grande Florianópolis. “Cada quilo dessa substância tem a capacidade de produzir dez mil comprimidos de ecstasy”, ressaltou o delegado Marcelo Moller Ferrareze.
A organização é acusada ainda de lavagem de dinheiro. Para este fim, adota um conjunto de condutas evasivas mediante a manutenção de patrimônio em nome de terceiros e a utilização de empresas de fachada, com a finalidade de ocultar os bens e valores obtidos com o tráfico de drogas. A Operação Neutrum contou com o apoio da Polícia Militar de Santa Catarina, da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
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